Unidos da Tijuca quer 'causar' na Sapucaí com ala homenageando Beyoncé

Cento e cinquenta componentes vão mesclar samba e stiletto. Na ala, 82 componentes são homens que vão desfilar sobre salto 10.



A Unidos da Tijuca quer causar quando pisar na Sapucaí, no carnaval de 2017. Ao contar a história da música norte-americana, a escola vai levar para a avenida uma ala em homenagem à atual diva do pop, a cantora Beyoncé. Ou seja, vai entrar com 150 componentes, no salto, mesclando passos de samba e stiletto (dança com salto alto, que combina passos de jazz, vogue e hip hop). E que ninguém pense que somente single ladies estarão na passarela.

Dentre os selecionados entre a Bey Hive (colmeia, como se autodenominam os fãs da cantora) 82 são homens e 78 fãs femininas. A maioria nunca desfilou numa escola de samba. Em comum, eles têm a idolatria por Beyoncé e a extrema habilidade sobre sapatos altíssimos.

“Inicialmente os carnavalescos da comissão da Unidos da Tijuca queriam uma ala com cem homens. Depois, pensou-se em pessoas altas e magras. Mas tivemos candidatos tão bons que a ala passou a ter 150 pessoas e mais dez reservas e abrimos o leque de biótipos. Ou seja, temos homens, mulheres, baixos, gordos, magros, negros, brancos. Gente de dança o stiletto muito bem. Vamos criar covers de Beyoncé. Mas estamos mesclando samba e os passos dela para criar uma Beyoncé brasileira. Ou melhor, tijucana”, destaca o coreógrafo Fábio Costa, na escola desde 2005.

O primeiro desafio, Costa e seu assistente Edson Damazzio venceram em outubro, quando tiveram de criar um concurso para selecionar os componentes da ala entre 420 inscritos. Foram seis audições até chegar aos 160 escolhidos.

Embora não saiba, um dos responsáveis pelas mudanças na escolha dos componentes é o consultor de vendas Henrique da Silva Júnior, carioca, 26 anos. Gordinho, ele impressionou em sua audição. Divertido, ele brinca dizendo que vai representar a Beyoncé grávida. E que aprendeu o stiletto sozinho, há 11 anos.

“Sou apaixonado pela Beyoncé. Aos 15 anos, comprei meu primeiro salto alto e comecei a aprender os passos na frente da TV. Quando me inscrevi, acreditava no meu potencial, mas eram muitos candidatos. Chorei muito quando fui selecionado. A receita para personificar a Beyoncé? Saber dançar”, fica a dica de Henrique, que já desfilou quatro vezes em escola de samba, mas vai estrear na Unidos da Tijuca.

Foi a paixão que também moveu o mineiro Rodrigo Nogueira, de 28 anos. Professor de dança especializado em stiletto, ele deixou Uberlândia para participar do concurso. Aprovado, tratou de cuidar da mudança para o Rio e está prestes em instalar seu estúdio dança em Botafogo, na Zona Sul. Magro e ainda mais alto em cima de sua bota de salto 15, diz que Unidos da Tijuca mudou a sua vida.

“Essa oportunidade de mostrar a minha dança, meu trabalho, deu um outro rumo à minha vida. O desfile vai somar muito à minha experiência. Para mim, sambar não é difícil, já que minha formação é de dança de salão. O stiletto exige mais. Mas estou ansioso para desfilar. Se depender da ala, a Tijuca já pode se considerar campeã do carnaval de 2017”, disse empolgado Rodrigo, enquanto dava dicas de como andar com elegância de salto alto.

Agora, o maior desafio de Costa e Damazzio – dançarino de Ludmila – é fazer dos componentes uma Beyoncé carioca, tijucana. É que os passos da dança celebrizada pela americana eles sabem de cor. Falta fazer com que incorporem os passos de um desfile de escola de samba.

“O stiletto é uma dança de palco bastante dinâmica e que têm a duração da música, que é de 2,5 a três minutos. É uma dança de atitude. Agora, eles têm de juntar o gay style ao samba. Têm de aprender as marcações da Sapucaí, aprender a dançar no tempo, no ritmo do samba e em deslocamento. A gente está trabalhando essa noção de espaço, resistência, já que eles vão passar no mínimo 25 a 30 minutos dançando, que é o tempo de passagem pela Sapucaí. Quando estiverem prontos, vai ser incrível”, sonha Damazzio.

Os coreógrafos garantem que o público vai ter a impressão de estar vendo realmente Beyoncé na avenida. Do figurino eles pouco falam. Costa testou uma bota de cano curto (que garante mais firmeza para os tornozelos) de salto 10, não tão fino para dar segurança para dançar. Todos vão usar peruca e a maquiagem da diva. Mas a roupa ainda é um mistério. Damazzio revela que a fantasia vai ser inspirada num figurino usado pela cantora no Rock in Rio.

“Estou ansiosa para ver a peruca, a roupa, tudo. Não vejo a hora de entrar na avenida. E se ela vier ao desfile, vai ser demais. Acho que não vou aguentar”, diz a assistente de RH Giulia Milane, de 21 anos, que como os outros 159 componentes, não perde a oportunidade de fazer carão enquanto segue nos passos do hit “Crazy in love”.


Fonte da informação: Internet
Imagem: reprodução da internet

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